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Benvindos Freguesia de Carapelhos - Mira

Turismo

Freguesia de gente ordeira e conciliadora, sabe receber bem quem nos visita. Da gastronomia ao artesanato, são muitas as razões para nos brindar com um passeio por esta terra.

Para satisfazer a sede de cultura dos seus visitantes, a Freguesia oferece o seu património histórico, cultural e natural, de que fazem parte, a Capela de Carapelhos, a Capela de Corticeiro de Baixo. Caminhando pelas ruas dos diversos lugares que compõe a Freguesia de Carapelhos, depara-se com inúmeras casas tipicamente Gandaresas. 

Freguesia tipicamente Gandaresa, Carapelhos encontra-se na região demarcada de Gândara, que vai da Serra da Boa Viagem até ao limite norte do concelho de Mira, embora este tipo de habitação tenha ido para além destes limites geográficos. 

Carapelhos possui um excelente parque de merendas, o Parque recreativo Varandas de São Bento, inaugurado no dia 15 de Agosto de 1992. Este parque é um convite para a convivência entre amigos e família, onde o contacto com a mãe natureza nos renova a alma e o espírito. 

 

CASA GANDAREZA

Tipicamente Gandaresa, Carapelhos encontra-se na região demarcada de Gândara, que vai da Serra da Boa Viagem até ao limite norte do concelho de Mira, embora este tipo de habitação tenha ido para além destes limites geográficos. 

E que tem de particular esta tipo de habitação?

A Casa Gandaresa é uma habitação de cariz rural, feita de adobe. No alçado frontal, apresenta como características peculiares uma porta ladeada por duas janelas – a zona da habitação – e um portão que dá acesso a um pátio fechado, com eira. Ao lado do portão podia ainda haver uma pequena janela para acesso directo das uvas ao lagar. Uma combinação perfeita entre a zona de trabalho e a zona de descanso.

O modelo da casa gandaresa levou cinco séculos a amadurecer e a apurar-se, sem interferências de outras culturas que o descaracterizassem, salvo as influências de tradição mourisca e a incorporação de elementos renascentistas, que lhe acrescentou encanto e elegância. Deixando adivinhar a vida sóbria e serena do campo é ela fruto duma sólida sabedoria, conformada em sucessivas gerações, e duma relação harmónica e feliz com a paisagem e os elementos.

A casa gandaresa encontra remota filiação na casa árabe ou mourisca. À arquitectura do granito, que se desenvolve em altura, o sul contrapõe um espaço térreo, organizado em planta centrada, aberto para o interior, recorrendo a alvenarias  de terra crua e cozida. É portanto uma casa-pátio, de nítida filiação árabe, cujos materiais originários seriam o adobe, a telha caleira e a madeira de pinho. Parece haver, no entanto, no pátio gandarês, um remoto eco dos espaços interiores romanos, sobretudo da casa rural romana, e que se viram revividos nos claustros românicos de grande número de conventos.

Revitalizar a construção em adobe, ou pelo menos em técnica mista de adobe e cimento, este nos pilares e vigas, traria não apenas o usufruto de espaços mais agradáveis mas também a vantagem economica do menor custo dos materiais utilizados.

A casa integra-se na paisagem e quase se funde com ela. Daí que passe muito despercebida. A casa é como quem a habita: humilde, serena, integrada, funcinal e feliz.

A construção em adobe, de tradição ancestral, produziu em si, em termos sociológicos, uma contradição aparentemente insanável. Se os nossos antepassados apreciavam a construção em terra pelo seu carácter confortável e quente, maternal e protector, puro e consonante com a terra a que se sentiam ligados, mais recentemente, as gentes, sobretudo as mais desprotegidas, sentem-se nela presas e envergonhadas, como num arcaismo que se lhes afigura obstáculo às aspirações sociais de consumo, ostentação e afirmação, em subserviência às imagens materiais do progresso moderno.

Um olhar mais atento para com este fascinante modo de habitar revela-nos um tesouro que se vai desvendando, mas que se sabe fugaz, pois, qual espécie em vias de extinção, dentro de anos não restará de pé um único exemplar, redundando em perda de memória e dum património colectivo que, pese embora a sua despojada aparência, guarda uma enorme riqueza que se vai dissipando.

Esperamos pois que, através dum empenhamento colectivo e convergente, se possam vir a preservar pelo menos os exemplares mais significativos dessa arquitectura tão serena, que transporta em si uma beleza intensamente discreta, e que, tal como a vida, é efémera e ternamente frágil.

Por Paulo Frade

 

GASTRONOMIA

A associação Confraria Nabos e Companhia de Carapelhos é a única Confraria Gastronómica oriunda de uma aldeia.

Para isso nasceu. Para autenticar a ruralidade, para homenagear e divulgar cada vez mais a genuinidade das suas gentes e dos seus grelos de nabo – alimento rico de aromas e sabores que, versátil, valoriza a gastronomia Gandaresa.

A Confraria Nabos e Companhia tem como missão promover os grelos de nabo - produto genuíno da terra - e prestigiar a gastronomia Gandaresa, fazendo obrigatoriamente acompanhar de nabos, ou grelos ou respectiva rama.

A excelência do peixe fresco e a abundância e variedade de marisco marcam como é natural a sua gastronomia.

Um peixe assado na telha com batata na areia, as enguias suadas, o cozido de bacalhau, a sopa gandaresa ou uma suculenta caldeirada trazem-nos de volta o saber das grandes cozinhas.

Nas doçarias destaque para as filhós de abóbora.

PRATOS TÍPICOS: São iguarias da região, Bacalhau com Grelos de Nabo, Favas com Molho de Quinhões, peixe assado na telha, enguias suadas, entre outros.

VINHOS DA REGIÃO: São néctares da região, os Vinhos Maduros.

DOCES REGIONAIS: Fazem parte da confeitaria da região, Arroz Doce e Filhós de abóbora.

 

TRADIÇÕES

De acordo com as memórias dos antigos, recuperaram-se alguns brinquedos como a Boneca de Trapos, brinquedo típico das meninas da região, confeccionada pelas próprias crianças e adolescentes, servindo-se de pequenos pedaços de tecido que recolhiam junto das costureiras que existiam na terra; Carrinho de pau de empurrar, era um dos brinquedos utilizados pelos meninos da região. Era constituído por um pau mais ou menos resistente e direito com aproximadamente a altura da criança, a meio era aplicado, na perpendicular, um outro pedaço de pau com cerca de quarenta centímetros que servia de guiador, numa das extremidades do pau maior era aplicada uma roda, que se obtinha cortando uma rodela fina num toro de pinheiro. 

Com a roda assente no chão, a outra extremidade do pau apoiada no ombro e as mãos no guiador, os meninos empurravam os carrinhos, fazendo autênticas corridas; Fisga, era um "brinquedo utilizado para caçar”, constituído por um pedaço de galho de árvore em forma de Y e por uma tira de borracha recortada de uma câmara-de-ar de bicicleta. As extremidades da tira de borracha eram fixadas no pedaço de galho e estávamos assim perante urna arma, que servia para arremessar pequenas pedras.

Brincava-se ao bilhar, ao lencinho, ao esconde-esconde. Jogos inocentes que ensaiavam o namoro que conduziria ao casamento.

 

ARTESANATO

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